quinta-feira, 10 de junho de 2010

Plano Metropolitano de Prevenção de Acidentes de Trânsito é discutido na Agência Metropolitana









Em reunião na Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (9), para articular ações para o Plano Metropolitano de Prevenção de Acidentes, o secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Daniel Nepomuceno, afirmou que houve redução de quase 30% das vítimas de trânsito no Estado, mas que é preciso mais.



Nepomuceno explicou que o governo estadual quer a participação da comunidade e suas contribuições para o plano e propôs um cronograma mensal de reuniões em que cada instituição e representantes apresentem as ações específicas de suas responsabilidades e outras propostas pertinentes. O secretário espera que depois de três ou quatro encontros já se tenha as prioridades do plano e que o governo estadual publique brevemente um Decreto instituindo o Plano Mineiro de Prevenção de Acidentes, que dará mais impulso às ações do plano metropolitano.

O diretor geral da Agência, José Osvaldo Lasmar, afirmou que a mobilidade urbana tem hoje um conceito mais amplo, que exige comprometimento de todas as instâncias. “Precisamos da participação de todos trabalhando para chegarmos aos resultados esperados, porque estamos lidando, talvez, com o maior entroncamento rodoferroviário do Brasil e um corredor fundamental para o transporte da RMBH”, disse. De acordo com Lasmar, a ideia é que o plano proponha ações como intervenções de engenharia, melhoria de dados estatísticos, fiscalização e educação para o trânsito.



Diego Vettori, gerente adjunto do Projeto Estruturador Aumento da Capacidade Viária e Segurança dos Corredores de Transporte (Proseg), da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), apresentou as ações do programa, que tem como objetivo reduzir a quantidade e a gravidade de acidentes nas rodovias estaduais. De acordo com Vettori, as 40 coordenadorias regionais do DER/MG fizeram um levantamento para identificar os trechos que necessitam de intervenções. Ao todo, foram detectados 46 segmentos críticos em trevos e acessos urbanos, cuja solução vai desde uma correção na sinalização ou a implantação de uma defensa, até operações de maior custo, como alargamento e substituição de pontes.



Vettori Informou ainda que a Setop implantou o Sistema Integrado de Assistência ao Usuário da Linha Verde (SAI Linha Verde) para garantir mais conforto e segurança para as pessoas que trafegarem pelo complexo viário e que está trabalhando em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (SEE) na capacitação de professores da rede estadual.



Para o especialista da ONG Rua Viva, João Luiz da Silva Dias, o Brasil não tem uma cultura de prevenção de acidentes e o plano busca uma maneira de atacar o problema. Ele afirma que é preciso estabelecer metas e contar com o comprometimento de todos os parceiros, já que é vital buscar a mudança da cultura do trânsito da RMBH e criar um ambiente de segurança viária. “Precisamos mobilizar a comunidade, especialistas, profissionais locais, gestores em trânsito para criarmos este ambiente”, disse.



Desenvolvido pela Agência Metropolitana em parceria com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), o plano integra o programa de Mobilidade da Agência e é baseado no Plano Mineiro de Prevenção de Acidentes de Trânsito Terrestre (ATTs) da Seds. Seu objetivo é reduzir o número de acidentes de trânsito na RMBH e atender às vitimas através do Samu e da rede hospitalar de emergência com maior rapidez. Também são parceiros no trabalho: BHTrans, Transbetim e Transcon, Polícia Militar de Minas Gerais, Polícia Rodoviária Federal, Dnit, DER/MG, Instituto de Mobilidade Sustentável Rua Viva e os 11 municípios da RMBH que são integrados ao Sistema Nacional de Trânsito: Belo Horizonte, Betim, Contagem, Ibirité, Lagoa Santa, Nova Lima, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Luzia e Vespasiano.

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