segunda-feira, 21 de junho de 2010

Meteorologia prevê inverno menos rigoroso em Minas



Depois de um outono com baixas temperaturas, o inverno, que começa às 8h28 desta segunda-feira, promete ser menos rigoroso em Minas. A previsão é do meteorologista Ruibran dos Reis, do MG Tempo, que alerta para a baixa umidade do ar, característica comum em invernos com temperaturas elevadas. Segundo Ruibran, a mínima no período deve ser de 8 graus, no Sul do estado, e máxima de 29 graus no Triângulo e Norte mineiro.





De acordo com o meteorologista, a sensação de frio do outono se deve à mudança dos fenômenos El Niño para La Niña. Este último, trouxe massas frias, que atingiram o estado, em função do esfriamento das águas do Oceano Pacífico na costa do Peru e Equador. Desde 1985, os mineiros não experimentavam um outono com mínimas de 7,4 graus na capital e 1,5 graus em Maria da Fé, no Sul.





Para a estação que entra, ele não prevê novas massas polares, pelo menos nos céus de Minas . “A massa de ar quente que vem do Atlântico vai conter as frias que vem do Pacífico e, ao contrário do sul do país, não vamos sofrer com esse fenômeno”.


Ruibran explica que estudos demonstram grande influência do aquecimento global no inverno dos mineiros. Desde 1979, quando a capital registrou mínima de 3,1 graus, o que se constata é uma elevação da temperatura no período a cada ano. Para se ter uma idéia, no ano passado a mínima em Belo Horizonte foi de 12 graus.





Na análise de Ruibran dos Reis, esse será um inverno de temperaturas amenas, sem grandes elevações como em 2007, quando se registrou máxima de até 36 graus, e a estiagem chegou a seis meses no norte do estado. “Vamos ter até chuvas isoladas e fracas na área central e Zona da Mata. Mas no Norte e Noroeste do estado o tempo fica seco, com baixa umidade do ar, e bastante risco de incêndios em matas”, alertou Reis. A boa notícia para que sofre com a seca, é que as chuvas fortes devem começar em setembro, mês em que termina a estação, às 0h09 do dia 23.








Temperatura




Na capital e região metropolitana, a mínima deve ser de 14 graus e máxima de 27, entre julho e agosto. No Triângulo e Norte a elevação deve chegar a 29 graus, com mínima de 13, assim como na Zona da Mata, cuja a máxima será de 25. No Sul, região mais fria do estado, a mínima fica em 8 graus, nas madrugadas, e nas tardes máxima de 26. Neste inverno, a maior preocupação deve ser mesmo com a umidade do ar. “Abaixo de 30% a situação já é preocupante, segundo a organização Mundial de Saúde (OMS), pois é quando as pessoas começam a sofrer os efeitos do tempo seco”, alerta.





Ruibran prevê que na Região Metropolitana de Belo Horizonte e Central de Minas a umidade do ar apresente índices entre 30 e 80%. A área crítica, segundo ele, é no Triângulo e Norte do estado, onde a umidade pode cair em 25%. Já a Zona da Mata, os moradores não sofrem tanto com o efeito, devido à proximidade com o Oceano Atlântico. A variação na área é entre 35 a 90%.

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