Não é
de hoje que o país atravessa uma das piores crises institucionais senão for um
dos piores governos da sua historia. Agora, se este governo é legitimo ou não como
muito se discute, não vem ao acaso desta manifestação, porém, por onde caminhamos vemos a celebre frase “FORA
TEMER”.
Talvez
a população tivesse alguma esperança de que a historia se repetisse, ou seja,
no impeachment de Collor, o seu vice Itamar Franco assumiu o poder e em dois
anos conseguir estabilizar a economia com a criação do plano real e assim devolver
parte da tranqüilidade a população.
Infelizmente
o raio não caiu duas vezes no mesmo lugar e estamos à mercê de um governo
impopular e cruel com sua gente, pois desde que o distinto presidente assumiu o
cargo, houve ate certo fôlego na economia, porém ao mesmo viés vieram os
aumentos acachapantes dos impostos e taxas tributárias atingindo-nos em cheio. Afinal
que recuperação econômica é essa? Ou seja, querem sair da tal crise depenando toda
a população? É evidente que temos de pagar impostos e taxas sim, afinal de
contas são estes recursos que “dizem a lenda” que deverá voltar à população em
forma de serviços públicos, só não ouso, infelizmente, aqui a falar em
qualidade do serviço público.
Sabe por quê?
Pois
a partir desta data, ou seja, 29 de maio de 2018 faltam 216 dias para o ano
terminar, e se a esperança é do Temer sair por meio de impeachment,
infelizmente não haverá tempo, por que: em primeiro lugar o presidente da Câmara
dos Deputados precisa aceitar a denuncia, posteriormente será preciso à
formação de uma comissão especial, e o presidente notificado, onde o mesmo terá
10 sessões para se defender e a comissão 5 sessões para redigir o relatório, analisar
e decidir se aprova ou arquiva o processo que terão 48 horas para publicar o
parecer. Caso aprove precisará de que a maioria dos deputados, ou seja, dois
terços, o que equivale a 342 deputados aprove, e se aprovar o presidente deverá
ser afastado por 180 dias para se defender e o processo será levado ao senado
para o julgamento do processo, sendo que somente o presidente será processado
caso dois terços dos senadores, ou seja, o numero de 54 votarem a favor. Após,
caso aprovado, haverá a sessão que é presidida pelo presidente do STF. Se
absolvido, o presidente volta, caso condenado, é afastado. E neste caso, se
houvesse o impeachment de Michel Temer e de acordo com a legislação, haveria
uma eleição indireta para a escolha do novo presidente, pois o mandato esta nos
dois anos finais para novas eleições, conforme a lei.
Pois
bem, diante esse cenário quanto tempo levaria todo este processo para tirar o
atual presidente? A única esperança seria a renuncia, mas sabemos que isto não vai
acontecer, infelizmente.
O que
precisamos mesmo é nos preparar, pesquisar, discutir para escolher um novo
presidente e principalmente bons parlamentares que poderá dar novo sangue ao
país. Porque não adianta escolher um executivo bem intencionado e ter um
parlamento ruim e que impedirá o progresso.
E é
claro que muitos dirão que não há jeito para a política, porem alguém arrisca dizer
e explicar qual outra forma de se governar?
Marcelo
Passos