segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O problema não sou eu, é você: como terminar uma amizade


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Existe uma forma correta de dizer a um amigo que é hora de vocês se despedirem?

Graças ao Facebook, a ideia de "desfazer uma amizade" se tornou parte da cultura online. Com um clique de mouse, é possível excluir alguém da sua lista de amigos e nunca mais ver uma de suas atualizações incômodas, nem outra foto das férias de uma pessoa que você quer fora da sua vida.

Não é assim no mundo real. Apesar de pesquisas mostrarem que é natural, e talvez inevitável, que as pessoas transformem seus vínculos com grupos sociais à medida que seguem em direção à vida adulta, quem tenta realmente terminar uma amizade na vida real se dá conta de que isso muitas vezes adquire o valor de um divórcio em miniatura.

Até mesmo os colecionadores mais vorazes de amizades reconhecem que às vezes é necessário remover algumas pessoas de seu círculo.

Roger Horchow é o produtor da Broadway que ficou conhecido em "Tipping Point" ("O Ponto de Virada"), de Malcolm Gladwell, como um destacado "conector", um criador de redes sociais cuja especialidade tácita é manter uma vasta rede de amigos. Entretanto, para ele, alguns devem ficar pelo caminho.

As pessoas começam a "abandonar os seus primeiros amigos desde os primeiros dias de faculdade, ou os primeiros colegas de trabalho ou casais amigos que têm filhos como os seus", disse Horchow, que escreveu com sua filha Sally o livro "The Art of Friendship: 70 Simple Rules for Making Meaningful Connections" ("A arte da amizade: 70 regras simples para estabelecer vínculos significativos", em tradução livre; St. Martin's Press, 2006).

Os psicólogos consideram que essa é uma etapa inevitável da vida, um momento em que as pessoas têm maturidade e consciência de si próprias o suficiente para saber quem são e o que querem do futuro, e têm um certo grau de clareza quanto a que amizades merecem atenção total e quais são perda de tempo. Em outras palavras, é um momento de se afastar de pessoas de quem se aproximaram em sua juventude, quando ainda tentavam acumular amigos.

Esse processo de redução do número de amigos tem um nome clínico: teoria da seletividade socioemocional, um termo cunhado pela professora de Psicologia Laura L. Carstensen, que dirige o Centro de Longevidade de Stanford Center, na Califórnia. Os dados de Carstensen mostram que a quantidade de interações com conhecidos começa a baixar depois dos 17 anos (presumivelmente, depois do contexto socialmente agressivo do Ensino Médio) e, depois, volta a aumentar entre os 30 e 40 anos, antes de começar a reduzir drasticamente entre os 40 e 50 anos.

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