Espaço de lazer e aprendizado, atração turística que recebe mensalmente cerca de 100 mil visitantes e a casa de mais de 3,3 mil animais de 270 espécies, entre répteis, aves, anfíbios e mamíferos. Assim é o Jardim Zoológico de Belo Horizonte (avenida Otacílio Negrão de Lima, 8.000, Pampulha), que completa neste sábado, dia 25, 55 anos.
Para comemorar a data do local, que também tem como característica ser um importante centro de reprodução de animais, a Prefeitura, por meio da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte (FZB-BH), vai publicar no sábado, dia 25, no Diário Oficial do Município (DOM), um decreto que institui o programa Parceiros da Natureza, que abre espaço para que pessoas físicas ou jurídicas possam adotar bens da fundação a fim de contribuir com a educação ambiental e a manutenção do patrimônio.
Os futuros “agentes da natureza” poderão adotar um dos inúmeros atrativos do Zoo que a cada dia mais conquistam o gosto dos visitantes, como o Aquário Temático da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, o maior aquário de água doce do Brasil, o Jardim Japonês, criado em comemoração ao centenário da imigração japonesa no país, celebrado em 2008, e o Borboletário, o primeiro da América do Sul aberto à visitação pública, e o único recinto da FZB-BH onde o visitante tem oportunidade de estar junto com mais de mil animais. Além disso, os novos parceiros poderão ajudar na manutenção dos jardins e dos recintos dos animais, assumindo a chamada “responsabilidade solidária”.
Reformas
Neste momento, dois conhecidos espaços de visitação do Jardim Zoológico estão passando por importantes reformas: o Borboletário e o recinto dos elefantes africanos. As obras estão sendo realizadas pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), a um custo total de R$ 333 mil e devem ser finalizadas em seis meses.
As intervenções no recinto dos elefantes contemplam a ampliação e a pintura da área de manejo, instalação de um brete (corredor para contenção e manejo dos animais), aperfeiçoamento dos sistemas elétrico, de coleta de água pluvial e destinação de efluentes do recinto, implantação de nove portões com sistema deslizante, aumentando a segurança do manejo para os servidores e os animais.
Segundo o diretor do Zoológico, o médico veterinário Carlyle Mendes Coelho, a reforma faz parte de um processo de revitalização de toda a FZB, mas particularmente do Zoo, que se adequa às práticas dos zoológicos modernos. “A reforma vai modernizar o recinto, aumentar a eficiência e a segurança das atividades, assim como o bem-estar dos animais”, destaca.
Sucesso
O aniversário de 55 anos do Zoo também pode ser celebrado de outras formas, como o sucesso da reprodução de animais. Em 2013, nasceram em Belo Horizonte filhotes de anta, bugio, hipopótamo, oryx, ouriço-cacheiro, zebra e mico-leão-dourado. Os novos moradores passaram a integrar o plantel do Zoo e o êxito alcançado com os nascimentos contribui para que a Fundação Zoo-Botânica cumpra o papel de preservar e conservar a vida silvestre com ações que contribuam para a educação ambiental. Para valorizar não só o aspecto físico dos animais, mas também o lado psicológico, o Zoo possui ainda o projeto Bem-Estar Animal que tem o objetivo de diminuir o estresse que o cativeiro pode sujeitar os bichos. O trabalho é realizado por meio de diversas técnicas, como a reprodução do habitat do animal no recinto.
Blocos de gelo com frutas para os animais
Nesta sexta-feira, dia 24, às 13h30, o Zoológico vai receber uma atividade especial de enriquecimento ambiental voltada para esse período de calor. Blocos de gelo recheados com frutas serão disponibilizados para elefantes, chimpanzés, macacos-pregos, gorilas e, pela primeira vez, para rinocerontes. A técnica consiste na utilização de estímulos sensoriais (gustativos, olfativos, táteis e auditivos), sociais, cognitivos (de aprendizagem) que possibilitam que os animais tenham hábitos mais naturais a partir da exploração do ambiente onde vivem da busca e da obtenção de seus alimentos e da marcação territorial, entre outros.
As diversas opções que o Zoo de BH oferece
• Aquário temático da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco: Possui 22 tanques para peixes com um volume total de um milhão de litros, ambientados com vegetação que reproduz as margens do rio. Os visitantes têm a oportunidade de conhecer novas espécies de peixes e obter informações sobre o São Francisco. Além disso, o trabalho de educação ambiental desenvolve e aplica estratégias educativas para que todos possam utilizar a água de forma consciente e colaborar para a preservação da principal bacia hidrográfica genuinamente brasileira. Aberto para visitação de terça a domingo, das 8h30 às 16h. A entrada custa R$ 6.
• Borboletário: Inaugurado em 1996, o Borboletário foi primeiro aberto ao público no Brasil. Inicialmente contava apenas com o viveiro e o laboratório. Posteriormente, foi construído um auditório, com capacidade para 20 pessoas, e um horto, localizado fora da área de visitação (local onde se produzem as plantas que alimentam as lagartas). Atualmente, o Borboletário tem uma média mensal de dez espécies de borboletas (e um total de cerca de 500 indivíduos). O local, no momento, está em obras, que incluem, em uma reforma completa no laboratório de criação e reprodução dos lepidópteros (borboletas e mariposas). Estão sendo substituídos o piso e o revestimento das paredes, implantados dois vestiários, a área de limpeza e de esterilização de material estão passando por melhorias. O auditório também terá mudanças, com a adaptação da rampa às novas normas de acessibilidade, além da instalação de um toldo para aumentar o conforto dos visitantes.
Em uma segunda etapa, o viveiro de exposição das borboletas será realizada. O destaque será a ampliação do viveiro das borboletas adultas, que deverá passar de 100 m² para 250 m², e contará com modificação no paisagismo e no circuito de visitação.
Outra melhoria será a ampliação da capacidade de visitação. Atualmente, o Borboletário recebe anualmente cerca de 20 mil pessoas. Com a reforma esse número deve aumentar para 60 mil.
De acordo com a bióloga responsável pelo Borboletário, Regina Celi Antunes Nobi, a reforma do laboratório irá possibilitar o aperfeiçoamento das condições sanitárias no local. “As obras vão aumentar a eficiência no manejo e reprodução das borboletas”, esclarece. Já a ampliação do viveiro de visitação irá possibilitar uma diversificação das espécies. “A proposta é a implantação de novos microclimas (temperatura, umidade, etc.) possibilitando a criação de um número maior de espécies, aumentando a diversidade do borboletário”, completou.
A visitação ao Borboletário está temporariamente interrompida devido às obras no local. Quando reaberto, as visitações acontecem de terça a domingo, das 8h30 às 16h.
• Jardim Botânico: Possui mais de 3.500 espécies de plantas expostas em sete jardins temáticos, além de espécies abrigadas pelas quatro estufas implantadas no local. O Jardim Botânico da capital tem uma atuação efetiva dentro da Rede Brasileira de Jardins Botânicos e, como uma de suas ações, vem estimulando a criação de outros jardins. Ele produz e fornece mudas para o plantio nas vias públicas, nas áreas verdes de Belo Horizonte, nas escolas municipais, no aterro sanitário da Superintendência de Limpeza Urbana e nos demais setores da Prefeitura. Aberto para visitação de terça a domingo, das 8h30 às 16h.
• Jardim Japonês: Projetado pelo paisagista japonês Haruho Ieda, o jardim foi construído em uma área de cinco mil metros quadrados no Jardim Zoológico e tem projeto paisagístico inspirado nos jardins existentes no Japão. O local serve de lar para várias espécies de aves asiáticas e está aberto para fotografias, filmagens e grupos especiais, previamente agendados, às terças-feiras. Aberto para visitação de terça a domingo, das 8h30 às 16h.
Serviço
O Jardim Zoológico (av. Otacílio Negrão de Lima, 8000, Pampulha) está aberto para visitação pública de terça-feira a domingo, das 8h30 às 16h. De terça-feira a sexta-feira o ingresso custa R$ 3, no sábado o valor é de R$ 4 e aos domingos e feriados a entrada custa R$ 6 por pessoa. O pagamento para a entrada no Zoo não abrange a entrada ao Aquário, que deve ser paga separadamente. Além dos valores pagos individualmente, cada veículo tem um valor específico a ser pago para entrar no Zoo. Crianças de até 4 anos entram gratuitamente. Adultos com mais de 60 anos e crianças de 5 a 12 anos pagam a metade dos valores.
Linha do tempo – Momentos marcantes do Zoo de BH
1959 – Jardim Zoológico de BH é inaugurado
1975 – O gorila Idi chega ao Zoo, acompanhado pela fêmea Dada, que morreu três anos depois.
1989 – Nasce Axé, filhote de Joca e Beré, primeiro casal de elefantes africanos a reproduzir em cativeiro na América Latina.
1995 – Aos 22 anos, o elefante Joca morre por causa de infecção provocada pela ingestão de lixo jogado no recinto por visitantes.
2008 – Em junho, o Zoológico ganha o Jardim Japonês.
2010 – Aquário da Bacia do Rio São Francisco é inaugurado.
2011 – Zoo recebe a presença das gorilas Imbi e Kifta para fazer companhia ao ilustre morador Idi, depois de 27 anos de solidão.
2012 – Em março morre Idi, aos 38 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória.
2013 – A leoa Hanna, a onça-pintada Janes, as onças-pardas Zeus e Apolo, além dos gorilas Leon e Lou Lou são os novos moradores do Zoo.
2014 – Em janeiro, Zoo completa 55 anos.
Confira a programação das férias na Fundação Zoo-Botânica neste final de semana
• Bicicletário – sexta, sábado e domingo, entre os dias 24 e 26, das 9h às 17h (último empréstimo às 16h30)
• Salão Vermelho do Memorial – sexta, sábado e domingo, entre os dias 24 e 26, meditação, das 8h30 às 9h30 e das 16h às 17h. Visitação das 9h30 às 11h30 e das 14h às 16h.
• Exposição “A Zoo-Botânica Vai até Você” – sexta, sábado e domingo, entre os dias 24 e 26, das 9h às 17h, na Área da Lanchonete.
• Exposição “Comunicação e Educação Ambiental/ Dragagem da Pampulha” – sexta-feira, dia 24, das 9h às 16h, na Área da Lanchonete.
• Lian gong, sexta-feira, dia 24, às 15h, na Área da Lanchonete.
• “A Revolução dos Bichos” – sexta-feira, dia 24, às 10h30, às 14h30 e às 16h, no Auditório.
• Oficinas Educativas e Rua de Lazer (Escola nas Férias) – sexta-feira, dia 24, das 9h às 16h, na Esplanada.
• Visitas às estufas do Jardim Botânico – sexta, sábado e domingo, entre os dias 24 e 26, das 9h às 12h e das 13h30 às 16h30.
• Aquário – sexta, sábado e domingo, entre os dias 24 e 26, das 9h às 12h e das 13h30 às 16h.
• Visitas à Zooboteca – sábado e domingo, dias 25 e 26, das 9h às 12h e das 13h30 às 16h.
• Visitas ao Jardim Japonês – sexta, sábado e domingo, entre os dias 24 e 26, das 9h às 12h e das 13h30 às 16h.
• Bate-papo “Gorilas” – sexta-feira, dia 24, das 9h30 às 11h e das 14h às 16h e domingo, das 10h às 12h e das 13h30 às 16h30.
• Bate-papo “Zebras” – sexta-feira, dia 24, das 9h30 às 11h30 e das 14h às 16h e amanhã, das 10h às 12h e das 13h30 e 16h30.
• Oficina educativa – sexta-feira, dia 24, das 9h30 às 11h30 e das 14h às 16h.
• Mobilização “Limpeza” – sábado e domingo, dias 25 e 26, das 10h às 12h e das 13h30 às 16h.
Diversas atividades educativas atraem públicos diversificados ao Zoo
Conheça os programas oferecidos no Zoológico que reúnem contato com animais, expedições noturnas, educação ambiental e eventos comemorativos
• Trilha do Lobo - É uma caminhada dentro de uma área de Cerrado destinada a grupos interessados em conhecer mais sobre a vida das plantas e dos animais desse bioma que é o predominante em Minas Gerais. Durante a atividade, são apresentadas algumas espécies desse bioma, além de elementos que indicam a presença do lobo-guará e de outros integrantes da fauna ali existentes. Desse modo, os participantes podem saber mais sobre o seu modo de vida e a forma de convivência com outros animais. A Trilha do Lobo acontece às quintas-feiras, das 9h às 11h, e das 14h às 16h, e a entrada é gratuita.
•Expedição Coruja - Realizada no período de lua cheia, a Expedição Coruja tem como principal objetivo facilitar a observação do comportamento de espécies crepusculares e noturnas, além de contribuir para desvendar alguns “mistérios” sobre a vida dos animais no Zoológico. Durante a visita noturna, são utilizadas algumas técnicas de enriquecimento ambiental que possibilitam maior interação dos animais com seu ambiente, o que torna a visualização mais interessante para o visitante. A atividade é oferecida uma vez por mês e o ingresso custa R$ 40 para crianças (a partir de 7 anos) e R$ 60 para adulto.
• Oficina de pesca mirim - Voltada para alunos de ensino fundamental no tanque reservado a oficinas didáticas, a atividade aborda conceitos relacionados com a pesca em nosso estado. Temas como piracema, época de defeso e licença para a pesca são abordados de maneira lúdica e divertida. Os alunos são apresentados ao mascote da atividade (Theo, o peixinho legal) e a mais de 30 espécies que povoam o rio São Francisco. A oficina é oferecida para crianças a partir de 7 anos e acontece às sextas-feiras, das 9h às 11h. A entrada é gratuita.
• Programações de férias e eventos comemorativos - Além das atividades rotineiras, são realizadas outras temporárias com temas específicos durante as férias escolares e em datas comemorativas relacionadas ao Zoológico a partir do nascimento ou chegada de animais, campanhas de conservação de espécies ameaçadas, entre outras. Entre os exemplos estão as atividades Vida no Cerrado, Campanha minha amiga é uma anta, e Gorilas: Conhecer, amar preservar e Biodiversidade brasileira.
Idi, o morador ilustre
O gorila Idi, habitante ilustre do Zoológico de Belo Horizonte por mais de 35 anos, faleceu em março de 2012, vítima de uma parada cardiorrespiratória irreversível. Ele, que pertencia à subespécie Gorilla gorilla gorilla, chegou ao Zoo em janeiro de 1975, acompanhado pela fêmea Dada. Os dois vieram do zoológico francês Saint-Jean-Cap-Ferrat, com aproximadamente dois anos de vida.
A espécie vive nas florestas tropicais africanas em grupos nômades, especialmente em reservas da África Central, onde há florestas abertas, situadas em regiões mais baixas e quentes, próximas a rios e lagos.
Em agosto de 2011, a FZB-BH recebeu da Fundação Aspinall, do Reino Unido da Inglaterra, as fêmeas Imbi e Kifta, de 11 anos. A vinda delas foi resultado de uma intensa campanha da fundação, apoiada pela Prefeitura de Belo Horizonte e diversos parceiros, e atendeu a uma demanda da população. A adaptação entre o gorila Idi e as fêmeas Imbi e Kifta foi perfeita desde o primeiro momento. Idi assumiu o papel de macho dominante e protetor de seu “bando” e as fêmeas se adaptaram muito bem às condições de manejo do Zoo. Foram registrados pelo menos três acasalamentos entre Idi e a fêmea Imbi, mas sem indícios de gestação.
Filhote de tamanduá é a nova atração
O Zoológico ganhou neste mês mais uma atração, o novo membro da família dos tamanduás-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), filho do casal Arthur (macho que chegou ao Zoo em 2008) e de Nina (fêmea nascida no próprio Zoológico de BH em 2007). O filhote permanece o tempo todo agarrado às costas da mãe e deve permanecer assim até completar aproximadamente nove meses. Já tem focinho e língua afilados, característicos da espécie.
A gestação dura cerca de seis meses e meio e Nina é mamãe de primeira viagem e deu à luz no dia 28 de dezembro de 2013. Segundo a bióloga chefe da Seção de Mamíferos, Valeria Pereira, a mãe está supercuidadosa, amamentando e protegendo a cria. “A reprodução de espécies ameaçadas, como o Tamanduá-bandeira, é uma das prioridades do Zoológico”, disse o diretor Carlyle Mendes Coelho. Atualmente o Zoo possui nove tamanduás, sendo quatro fêmeas, um macho e o filhote na área de visitação, além de três machos no setor extra (área de acesso restrito). Desde 2000, o Zoo de BH contribui com a reprodução em cativeiro do animal, com oito nascimentos desde então.
O nome deste mamífero vem de sua cauda, que lembra uma espécie de bandeira. Seu focinho e língua afilados ajudam-no a capturar seu alimento preferido. Se alimenta principalmente de cupins e formigas, podendo comer 30 mil cupins em um único dia. Também come ovos, larvas de insetos e frutas.
Fonte: http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/noticia.do?evento=portlet&pAc=not&idConteudo=142239&pIdPlc=&app=salanoticias