quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Carnaviola leva milhares à Praça da Liberdade para ouvir música caipira





O carnaval de Belo Horizonte não poderia ter acabado de um jeito mais mineiro. A 3ª edição do Carnaviola levou à Praça da Liberdade, na tarde de terça-feira, um clima de festa no interior – com direito a barraquinhas que vendiam comidas típicas. Os músicos Chico Lobo e Pereira da Viola pediram licença aos donos da casa e deram um tom caipira à folia, acompanhados por percussões, bateria, baixo, teclado, sanfona, violão e sopros. A ideia de aproveitar a terça-feira de carnaval ao som de moda de viola nunca havia passado pela cabeça da estudante Mariana Célia Menezes Silva, de 19 anos, mas ela garante ter gostado da novidade. “É divertido porque dá uma caracterizada mineira à festa.”





A idéia dos organizadores é levar o Carnaviola para outras cidades. “E não ficaremos limitados a Minas, não. Queremos ir a outros estados também”, diz Tadeu Martins, idealizador do projeto. O desejo dele se sustenta pelo sucesso alcançado pelas últimas edições. Ontem, cerca de 5 mil pessoas circularam pela Praça da Liberdade durante a festa.








Em Nova Lima, foliões não queriam nem pensar que faltava pouco para os pés descansarem. Pelo contrário, resolveram aproveitar até a última gota. Assim, durante todo o dia, a agitação na cidade não era de clima de despedida. Parecia mais o começo da festa. Cerca de 15 mil pessoas desceram e subiram as ruas nova-limenses atrás dos blocos e suas marchinhas carnavalescas. Farristas do interior de Minas e até mesmo de outros estados do país fizeram a cidade se transformar numa verdadeira panela de pressão. Assim, a folia não deu trégua e o jeito foi se entregar, sem tristezas ou lamentações. A cada ritmo novo ficava a alegria de saber que no ano que vem tem mais.





Como todo carnaval tem seu fim, a despedida em Nova Lima agradou a gregos e troianos. Foi fácil esbarrar em idosos caindo no samba, adultos pulando sem parar e crianças arriscando passos cada vez mais sambistas. Fim de festa? “De jeito nenhum. Amanhã (nesta segunda) não vamos ficar em casa descansando. Nada disso, vamos curtir o samba do bloco dos garis”, contou Pompeia Lucas da Mata, de 60 anos, que este ano, junto com o marido, Geraldo Adriano da Mata, de 48, foi para o carnaval na cidade fantasiada de prêmio abacaxi, em homenagem ao rei José Abelardo Barbosa de Medeiros, ou simplesmente Chacrinha, um dos apresentadores mais renomados da televisão brasileira. “Hoje sou Chacrinha e meu prêmio é Pompeia”, brinca Geraldo, garantindo que a festa nova-limense é a melhor de Minas. “Aqui, o clima é familiar e tradicional. Não há lugar melhor. O bom é saber que no ano que vem tem mais.”


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