terça-feira, 12 de março de 2013

Eleições 2014: Aécio Neves, Dilma, Campos e o pacto federativo


Eleições 2014: Aécio Neves assumiu o Governo de Minas em 2003 levantando a bandeira do pacto federativo; Dilma nunca e Campos só agora

As Eleições 2014 caminham para ter Aécio Neves, Dilma Rousseff e Eduardo Campos como protagonistas. Já o “pacto federativo”, certamente, terá destaque no roteiro desta trama. E o certo é que só o tempo dirá quem realmente lutou pela valorização da federação nos últimos anos e quem está apenas interpretando um personagem de ficção para chegar ao final do filme como “mocinho” (ou “mocinha”).

Amanhã (12/03), Brasília será palco do enésimo encontro entre governadores, deputados e senadores para discutir o pacto federativo e a reforma tributária, com foco no fortalecimento de estados e municípios.

Desta vez, a reunião será no Congresso Nacional, mas uma outra completa agora exatos 10 anos. Ela aconteceu na Granja do Torto, em 2003, quando o então presidente Lula convidou todos os governadores de Estado exatamente para debater pontos de interesse regional numa anunciada reforma tributária, com foco num novo pacto federativo.

Exatos 10 anos que o PT, Lula e Dilma nada fizeram por uma descentralização de recursos nas mãos da União. Pelo contrário, conseguiram achatar ainda mais a situação de estados e municípios.

Aécio Neves era um dos governadores. Ele já havia sido eleito empunhando a bandeira da “refundação da federação”, numa clara postura de luta pelos interesses de estados e municípios. Desde 2003, tem exaustivamente colocado na pauta nacional a necessidade de uma reforma tributária ampla e irrestrita – o que Lula e o PT prometeram, mas nunca cumpriram.

Agora, próximo das Eleições 2014, o governador de Pernambuco e pretenso candidato a Presidente da República, Eduardo Campos (PSB), tenta vender a imagem de que, assim como Aécio Neves, é um defensor do pacto federativo.

Campos só esquece de dizer que foi cúmplice de Lula no momento em que este fez uma barbaridade jurídica ao baixar uma legislação específica para prejudicar Minas Gerais e beneficiar Pernambuco, recebendo em troca o apoio do governador do PSB.

Em 2010, a Fiat havia anunciados investimentos bilionários em Minas Gerais, mas foi impelida por Lula e Campos a transferi-los para Pernambuco. Um episódio onde o PT, o PSB, Lula e Campos deixaram de lado o interesse pelo pacto federativo.

Amanhã será mais um dia holofotes ligados e cada ator querendo se sair melhor na no filme da defesa do pacto federativo: Dilma mandará seus representantes e Eduardo Campos posará de “bom mocinho”. Porém, seus históricos de descaso com a concentração de recursos nas mãos da União falará mais alto que a ficção que tentam interpretar até asEleições 2014 e os mais de 10 anos de luta pela refundação da federação de Aécio Neves.

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