quarta-feira, 11 de abril de 2012

Fred relembra gol que mudou sua carreira e revela que esteve em lista de dispensa



Um instante pode mudar uma vida.

Mesmo sem títulos, Fred é considerado um dos maiores ídolos recentes do América


Fred fez sucesso no Cruzeiro, conquistou fãs na França e é ídolo no Fluminense. Mesmo com o status adquirido no futebol, o atacante ainda relembra com apreço o início da carreira no América: “Foi o começo de tudo e uma escola de vida que eu tive. Com todo respeito que tenho pelos clubes por onde passei, ainda na base, mas foi o América que me revelou para o futebol brasileiro. Tenho um carinho imenso por tudo o que o clube fez por mim”, disse, em entrevista ao Superesportes.

O atacante chegou às categorias de base do América em 2000 por intermédio do amigo Bruno Barros. Em 2003, participou do elenco que disputou a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Na ocasião, Fred estava desacreditado por alguns dirigentes, que o taxaram de descomprometimento. O próprio jogador revela que seria dispensado caso não tivesse bom desempenho no torneio.

Na estreia, contra a Ponte, Fred foi expulso. Cumpriu suspensão e voltou no último jogo diante do Vila Nova-GO. O América perdeu a partida por 5 a 1 e foi eliminado da competição. O gol de honra foi marcado por Fred, aos três segundos, com um chute do meio de campo. Esse foi considerado o gol mais rápido do mundo - recorde quebrado em 2009 pelo saudita Nawaf Al Abed, do Al-Hilal, que marcou aos dois segundos de partida -  e mudou a trajetória profissional do atacante.

“Foi um gol fundamental na minha carreira. Eu tinha sido expulso no primeiro jogo da Copa São Paulo, já diziam que eu estava na lista de dispensas e aquele gol foi importante para que eu continuasse no clube. Na preleção, o Hamilton, que era o nosso treinador, tinha dito que o goleiro deles jogava adiantado. Por isso, quando fomos iniciar o jogo, cheguei para o Émerson, meu companheiro de ataque, e pedi para ele rolar a bola que eu iria chutar direto. Ele tocou e eu fiz o gol. Pena que perdemos aquele jogo (risos)”, conta.

No ano seguinte, ingressou na equipe titular e logo se destacou. Ficou no clube até 2004. No Coelho, fez 34 gols em 57 jogos – média de 0,6. Dos tempos de América, Fred guarda “amizades sinceras, como o seu Zé Promessa, mãos de fada; o Sílvio, massagistas; o Adílson, da rouparia; além de companheiros de clube, e dirigentes, como o Alexandre Faria”. 

“Queria parabenizar o América pelo centenário e agradecer pela oportunidade de mostrar o meu trabalho ao futebol brasileiro. Se hoje eu tenho espaço nesse cenário, é graças às bençãos de Deus, o apoio da família e sem dúvidas ao América. Tomara que continue sendo o mesmo clube de tradição forte e também revelador de grandes talentos, com uma boa infra-estrutura e, com certeza, vai contar com a minha torcida na Série B desse ano”, encerrou o atacante. 

Frederico Chaves Guedes
Naturalidade: Teófilo Otoni
Nascimento: 03/10/1983
Período no América: 2002 a 2004
Feitos: Gol do meio de campo, pela Copa São Paulo

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