segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Combate à dengue já tirou mais de mil pneus das ruas de BH


Nas seis primeiras semanas de 2013, uma força-tarefa formada por funcionários de vários órgãos municipais de Belo Horizonte, coordenados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), recolheram na cidade mais de mil pneus que poderiam servir como criadouro do mosquito Aedes aegypti.

A ação faz parte da estratégia adotada na cidade para combater a dengue. Até 14 de fevereiro, foram confirmados 463 casos da doença na forma clássica (mais branda), em BH, e um de febre hemorrágica.

A quantidade de confirmações equivale a 83% dos 558 casos registrados em 2012. “Estamos priorizando as ações nas regiões com maior infestação do mosquito e ocorrências da dengue. Esse desafio é da cidade”, ressaltou o secretário municipal de Saúde, Marcelo Teixeira.

Além do trabalho conduzido pela Secretaria de Saúde, o poder público convoca todos os cidadãos a reforçar o exército contra a dengue na capital.


Entrega

Funcionário da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) há 26 anos, João Carneiro do Nascimento, de 52, administra a Unidade de Recolhimento de Pequenos Volumes (URPV) do bairro Castelo (rua Castelo Veiros, 315) na Pampulha.

Segundo ele, as pessoas podem levar pneus velhos para a URPV, evitando que eles acumulem água de chuva, ambiente perfeito para a procriação do Aedes aegypti. A Pampulha é a região da cidade com maior quantidade de dengue clássica confirmada neste ano: 102, ou 25% do total em BH.

Morador do Castelo, o corretor de imóveis João Renato de Faria, de 62 anos, é consciente quanto à importância de a população colaborar. Mas ele faz um alerta: “Não adianta recolher os pneus e deixá-los expostos ao ar livre no depósito. Dessa forma, só vão mudar o foco de lugar”.


Recolhimento

Uma pilha de pneus foi flagrada pelo Hoje em Dia na URPV do Castelo, na quinta-feira passada. Segundo Nascimento, duas vezes por semana eles são encaminhados ao aterro sanitário da BR-040.

O secretário de Saúde informou que os pneus são processados em uma usina de reciclagem e usados como base do asfalto colocado nas ruas da cidade.

Outras medidas adotadas na capital foram o treinamento de profissionais das unidade de saúde e a contratação de 328 novos agentes epidemiológicos (atualmente há 1.700 em ação). Também são feitas campanhas com faixas, carros de som e nas escolas. “A dengue é um desafio constante. Gastando apenas dez minutos por dia, o cidadão pode ajudar”, disse Teixeira.

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