sábado, 16 de fevereiro de 2013

Horário de verão não atinge meta de economia energética

Mudança no relógio serviu só para a recuperar o nível dos reservatórios


Brasília. É dia de atrasar os relógios. O horário de verão termina à meia-noite, com resultado questionável: a meta de economia de R$ 180 milhões, prevista pelo governo federal, não foi atingida. 

Como as usinas térmicas, que geram energia mais cara e poluente, continuaram ligadas no máximo, o benefício do horário de verão neste ano foi exclusivamente para recuperação dos reservatórios das usinas hidrelétricas.

Segundo nota divulgada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), houve uma redução na demanda no horário de pico de cerca de 2.477 megawatts (MW), ou 4,5% do consumo. No horário de verão anterior, a redução de demanda no horário de pico foi de 2.555 MW, representando 4,6%. De 2011 para 2012, a mudança gerou uma economia de R$ 160 milhões, já que reduziu a necessidade de uso das térmicas. Neste horário de verão, a economia teria sido de R$ 200 milhões caso as térmicas não estivessem ligadas. A redução de gasto, no entanto, não ocorreu, já que todas as usinas térmicas estão ligadas.

A redução no consumo de energia durante o horário de verão deste ano foi de 250 MW médios. A quantidade representa 0,5% da carga de energia do país consumida ao longo dos quatro meses do horário.

Ao comparar com a demanda por energia de cidades brasileiras, essa economia significaria uma redução do consumo mensal do Rio de Janeiro de 8%, mais 10% do consumo mensal de Curitiba, com 2% de economia no consumo mensal de Palmas. Segundo a agência, a redução do consumo a cada ano, em geral, não ultrapassa 1%. No entanto, há sempre um ganho para o consumidor, que deixa de arcar com parte do uso das térmicas. Neste ano, entretanto, elas continuaram sendo usadas em sua totalidade, por causa da forte seca.

Redução. De acordo com o gerente de operação de geração e transmissão da Cemig, Henrique Siqueira de Castro, no Estado verificou-se redução de 4% no horário de pico diário da carga, entre 18h e 22h. O valor corresponde a cerca de 320 MW, semelhante ao ano passado.

Para consumidores residenciais e comerciais, a economia é percebida na menor utilização das lâmpadas. "Eles poderiam ter um consumo de até 5% a mais na fatura mensal de energia, caso não houvesse o horário de verão", explica.

Entre outubro e fevereiro, os dias são mais longos. Assim, a iluminação artificial é acionada mais tarde e evita-se a coincidência com o consumo do comércio e da indústria, que cai após as 18h. O gerente da Cemig lembra que, mesmo com o fim do horário de verão, pode-se continuar economizando energia adotando medidas simples, como a preferência pelas lâmpadas fluorescentes, que são mais econômicas; a diminuição do tempo dos banhos; desligando equipamentos que não estejam sendo utilizados e não deixando aberta a porta da geladeira.



Horário de voos e ônibus devem ser verificados com a empresa
O fim do horário de verão vai alterar horários de chegada e partida de voos, especialmente os do Nordeste e Norte do país, segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

A recomendação da entidade é para que os passageiros consultem o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) da companhia aérea para confirmações dos horários de embarque. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou que os voos terão seus horários de chegada ajustados aos relógios, que deverão ser atrasados em relação ao horário em vigor nos aeroportos dos Estados que não aderiram. Os passageiros que vão viajar de ônibus também devem consultar os horários na rodoviária ou diretamente nas empresas.

Fonte: www.otempo.com.br 

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