sexta-feira, 7 de junho de 2013

BRT extinguirá mais de 210 linhas de ônibus em BH


Pelo menos 213 linhas de ônibus de Belo Horizonte deixarão de existir com a implementação do BRT (sigla em inglês para transporte rápido por ônibus). Os 937 coletivos, que hoje passam pelas avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos em direção ao Hiper centro  terão os itinerários adaptados. Passageiros acostumados a apenas um embarque vão enfrentar baldeações.

A proposta é reformular o sistema de ônibus, com integrações. O resultado seria proporcionar maior fluidez aos coletivos, com ganhos de até 35 minutos no tempo das viagens. O projeto de transição do sistema convencional para o BRT começará em 1º de janeiro, segundo o diretor de planejamento da BHTrans, Célio Freitas.

As mudanças afetariam cerca de 700 mil passageiros nas duas avenidas. Inicialmente, nem todos os 200 ônibus do BRT irão operar. A transição levará 90 dias, divididos em nove etapas.

Mudanças

Segundo Célio Freitas, um grande trabalho de divulgação será feito para os passageiros, mas espera-se desinformação nos primeiros momentos. Linhas que ligam bairros, com passagem pelo Centro, serão alteradas. Os usuários se direcionarão às estações principais para, então, embarcar em outros coletivos para o destino final.

“No entanto, nem todas as linhas ficarão restritas ao corredor central do BRT. Alguns coletivos circularão nas pistas exclusivas e também entrarão dentro dos bairros”, observou o diretor. Para esses trajetos, serão usados ônibus especiais – menores dos que os articulados –, de 13 metros de comprimento e portas nos dois lados.

O sistema irá funcionar entre 5 horas e 24 horas. Durante a madrugada, coletivos convencionais farão o transporte pela pista mista. Ao iniciar as operações, apenas coletivos com portas à esquerda poderão circular pela pista central.

Táxis

Táxis também serão proibidos de transitar pelos corredores e serão instalados radares de avanço de faixas, semelhantes aos da avenida Nossa Senhora do Carmo.

Para especialistas em trânsito, a baldeação é comum em outros países, além de ser necessária e benéfica, pois racionaliza o sistema. “Aproveitamos as experiências de outras cidades para minimizar os erros. Porém, falhas acontecerão”, disse, quinta-feira (6), o prefeito Marcio Lacerda, durante o III Congresso de Melhores Práticas SIBRT na América Latina, no Ouro Minas Palace Hotel.

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