terça-feira, 4 de junho de 2013

Governo Federal abandona as rodovias federais

Aécio Neves 2014: enquanto rodovias federais vão causando milhares mortes e acidentes, o governo federal reduz investimentos em manutenção

A situação das estradas brasileiras é tema recorrente em todas as disputas eleitorais e não deve ser diferente em 2014, quando Aécio Neves e Dilma Rousseff protagonizarão a disputa. E a presidente, candidata à reeleição pelo PT, terá muitas dificuldades para explicar a equação que se forma na relação às mortes e acidentes nas rodovias federais e a correspondente diminuição de investimentos da União na recuperação das vias.

Levantamento feito pelo próprio Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) mostra que os investimentos em recuperação das rodovias federais caíram de R$ 4,8 bilhões, em 2011, para R$ 2,9 bilhões, em 2012. Uma redução de 40%.

Em Mina Gerais, estado que possui a maior malha viária do país, a situação é ainda pior. Diversas rodovias federais estão em estado deplorável de conservação há anos. A BR-040, entre Belo Horizonte e o trevo da cidade de Congonhas, por exemplo, já se transformou num cenário de filme de guerra, onde o tráfego intenso de caminhões de minério de ferro tem transformado a pista em uma verdadeira “roleta russa” para os motoristas e passageiros.

A BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares, conhecida como “Rodovia da Morte”, aguarda há quase três anos a sua duplicação, promessa feita presidente Dilma Rousseff no palanque eleitoral de 2010.

No caso de Minas Gerais, os investimentos do governo federal na revitalização das BRs caíram pela metade de 2011 para 2012, passando de R$ 1,2 bilhão para R$ 630 milhões.

E esse é só um resultado que pode complicar a vida de Dilma Rousseff nas próximas eleições. É bom lembrar que tanto Aécio Neves quanto o atual governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, por diversas vezes, solicitaram ao governo federal a estadualização das rodovias federais para que o Estado pudesse executar as obras. O PT nunca aceitou esta proposta, muito mais por medo de perda de popularidade.

Espera-se que ao menos a proximidade do embate eleitoral faça Dilma abrir os cofres neste segundo semestre de 2013. Mas será tarde, pois o histórico de mortes e acidentes provocados pela péssima condição das rodovias federais no Brasil caíra na sua conta em 2014, quando for confrontada por Aécio Neves.

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