Mano Menezes, no programa Bola da Vez, da ESPN Brasil, mostrou, mais uma vez, que é o treinador brasileiro que melhor fala de detalhes técnicos e táticos, e que possui mais argumentos para defender suas ideias. Muitos o acham professoral e chato. Melhor assim do que escutar a maioria dos técnicos, que não diz nada e/ou não têm nada para dizer.
Mano disse que Fred é o melhor centroavante do Brasil, o que concordo, mas queria um ataque com mais mobilidade, com Neymar mais perto do gol, pois é um excepcional artilheiro. Com um centroavante fixo, Neymar teria que ser um meia de ligação pelo centro, o que ele não é, ou atuar pela esquerda, longe do gol e com a obrigação de marcar o lateral.
O ideal é ter uma atacante que seja artilheiro, que se movimente muito, que abra espaços para os meias penetrarem, que atue também de pivô e que possua velocidade para receber a bola nas costas dos zagueiros. Há vários atacantes no mundo com essas características. Em vez de pedir mais bolas para Fred finalizar, deveríamos pedir mais participação no jogo coletivo, o que o tornaria ainda melhor.
Mano criticou as partidas na América do Sul, excessivamente corridas, brigadas e com vários jogadores que correm demais com a bola.
A principal razão da eliminação do Fluminense na Libertadores foi que o time brigou muito e jogou pouco. Bastou o Fluminense virar o jogo contra o Goiás, para torcida e imprensa exaltarem o time guerreiro do tricolor.
Como a seleção possui oito titulares que atuam fora (Neymar será o nono), fica muito mais fácil jogar de uma maneira diferente da dos times brasileiros. Era o caminho com Mano Menezes. Felipão, em alguns aspectos, faz o mesmo.
Não dá mais para jogar com marcação individual, enormes espaços entre os setores, sem pressionar quem está com a bola, com excesso de chutões e de cruzamentos para a área, e com um volante plantado à frente ou entre os zagueiros, para sobrar um defensor. Não faz sentido, já que os adversários têm apenas um atacante fixo.
Adeus soberania. As poderosas cidades-Fifa já tomam conta das áreas de dois quilômetros quadrados de raio em volta dos estádios da Copa das Confederações. Elas paralisaram até a UFMG. Mais que isso, mesmo sendo apenas um ensaio para o Mundial, as cidades-Fifa prejudicam milhares de pessoas que querem estudar e trabalhar. Imagine na Copa!
É impressionante que, a um ano da Copa, já aconteçam milhares de eventos, festas, com tantas pessoas querendo faturar ou arrumar uma boquinha com o poder.
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