quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Ameaça de Bruno a detentos rende mais sete meses de prisão ao goleiro

A ameaça que o goleiro Bruno Fernandes de Souza fez a dois detentos da Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, rendeu ao ex-atleta mais sete meses de prisão. Isso porque, como o juiz considerou a falta cometida por Bruno como grave, ele teve a data de obtenção de progressão de regime alterada.

Anteriormente, o goleiro poderia deixar o complexo prisional durante o dia ir trabalhar em 22 de janeiro de 2020. Com a punição aplicada pelo juiz da Vara de Execuções Criminais (VEC), Wagner de Oliveira Cavalieri, o benefício só poderá ser alcançado em 24 de agosto do mesmo ano.

Além disso, ele perderá 1/3 dos dias eventualmente remidos até a data da falta. O cálculo ainda não foi feito pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

Conforme a Justiça, em 2 de abril desse ano, Bruno ameaçou dois presos e disse que iria “pegar” e “bater” nos colegas por eles terem “dedurado” algumas atitudes do ex-atleta. Ele ainda teria dito que “mandava pegar e matar lá fora” o coordenador do pavilhão onde cumpre pena.

Audiência

Em agosto deste ano, durante audiência sobre o caso, duas testemunhas foram ouvidos. Em juízo, Bruno negou ter ameçado os dois homens e alegou que apenas teve uma discussão com os presos. Segundo Bruno, o desentendimento ocorreu depois que os colegas de prisão desrespeitaram sua noiva, a dentista Ingrid Calheiros, quando ela esteve na Nelson Hungria.

Contudo, o ex-atleta confirmou ao juiz que informou ao coordenador que queria conversar com os dois, já que havia estranhado a “coincidência” dele ter sido proibido de trabalhar depois que eles foram ouvidos pela direção da penitenciária.

No entanto, o coordenador e um agente penitenciário que participaram da audiência garantiram que Bruno teria dito que “mandava pegar e matar lá fora”. Eles confirmaram, também, ter ouvido as ameaças por parte do ex-atleta. Após o caso, por questão de segurança, o goleiro foi colocado em pavilhão diferente.

Em março deste ano, Bruno foi julgado e condenado a 22 anos e três meses de prisão pelo sequestro, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, sua ex-amante. Ele foi sentenciado ainda pelo sequestro de seu filho Bruninho. Ele deve cumprir pena até julho de 2034.

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