terça-feira, 17 de setembro de 2013

Maria Bethânia lê poemas

Festival de História amplia a sua programação cultural e inclui a abelha rainha da MPB numa noite de leituras na Tenda da História  

Quem comparecer à segunda edição do Festival de História, que acontece em Diamantina, entre quinta-feira e domingo, além de acompanhar os debates entre estudiosos e jornalistas, na tenda principal montada na praça Doutor Prado, poderá também circular pelo Mercado Velho, onde vão se concentrar as atividades em torno de tópicos como resistência e diversidade cultural.

Motivou a organização desse espaço, segundo o curador Américo Antunes, a ideia de levar os artistas a integrar a programação, contribuindo com suas opiniões, além de se apresentarem como atrações.

“Em 2011, também houve a participação de artistas que circularam no festival, porém, até então ainda não havíamos tido a ideia de inseri-los também nas discussões. Desta vez, nós resolvemos implementar isso, pensando, por exemplo, na questão das resistência culturais”, conta Américo Antunes.

Dentre os nomes convidados, figuram o escritor José Santos, o artista visual e cineasta Gustavo Jardim, além do poeta Sérgio Vaz e do músico Flávio Renegado. No sábado, os dois últimos, compartilham suas experiências calcadas na cultura da periferia. “Eu já participei de um debate com Flávio Renegado anteriormente e conheço o trabalho de Sérgio Vaz. Eu acho que quando pensamos no tema do festival, Histórias Não Contadas, os dois podem trazer uma grande contribuição ao narrar seus percursos e suas dificuldades em terem acesso à grande mídia”, acrescenta Pilar Lacerda, curadora do evento.

Destaque entre os convidados, a cantora Maria Bethânia vai realizar uma leitura de poemas na noite de sexta-feira, na Tenda da História. “Ela vai dar voz especialmente aos textos que refletem alguns momentos da história do Brasil, de Minas Gerais, estabelecendo uns pontos de contato com a temática destacada neste ano”, completa Antunes.

Ainda sobre as arenas, Pilar, observa que esta é uma maneira de contribuir para arejar a programação com diferentes linguagens, oferecendo também ao público uma possibilidade maior de reflexão a partir de diversos instrumentos.

“A história não é uma ciência dura e ela pode ser entendida em suas muitas facetas, o que permite às pessoas, incluindo professores e estudantes, acessarem conteúdos importantes de variadas formas. Por isso, faz-se interessante a presença da música, do cinema, entre outros tipos de criação, por meio dos quais, nós encontramos perspectivas muito originais sobre a ditadura brasileira, entre outros assuntos. A literatura e a poesia se inserem também nesse universo”, acrescenta.

Já em relação a variedade de áreas ali combinadas, da arqueologia ao jornalismo, Pilar observa ser esse um outro traço que deverá ser mantido e aprimorado ao longo das próximas edições. “Tudo isso vem fortalecer a ideia da necessidade de cada vez mais defendermos uma visão mais multifacetada da história, para que não seja determinante apenas um lado ou uma perspectiva. É interessante que as pessoas possam descobrir e ter acesso às diversas explicações disponíveis e que a partir de agora passam a ser reveladas, consolidando valores caros à democracia”, conclui.

Programe-se

De quinta-feira a sábado,será exibida no Teatro Santa Izabel uma série de filmes. Dentre eles, títulos como “Cabra Marcado para Morrer”, de Eduardo Coutinho; “Garota do ABC”, de Carlos Reichenbach; e “Transbordando”, de Kiko Goifman. Programação completa: www.festivaldehistoria.com.br

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