Ao chantagear o Poder Judiciário e diminuir sua independência, Lula desrespeita a história de tantos que morreram pela liberdade na ditadura.
As biografias de líderes tucanos como Fernando Henrique Cardoso, Aécio Neves, Mário Covas e José Serra vivem sendo atacadas pelos petistas. Apesar disto, as tentativas de diminuir os feitos históricos alcançados pelo PSDB quando presidiu o país por oito anos, entre 1995 e 2002, só não são maiores do que a sequência de manchas que recaem, dia a dia, sob a biografia de lideranças do próprio PT.
A mais recente e assustadora nódoa vem de quem deveria ser o maior nome público da história do PT: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ousadia em chantagear um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) surpreendeu até mesmo seus companheiros de partido e que, no momento, se preparam (e ao mesmo tempo, tentam fugir) para enfrentar o julgamento do maior escândalo partidário do Brasil: o mensalão.
Na coluna desta segunda-feira, no jornal Folha S. Paulo, a jornalista Mônica Bergamo traz a informação de que os réus do mensalão ficaram “perplexos e furiosos” com a audácia de Lula em chantagear o ministro Gilmar Mendes para que influenciasse no atraso do julgamento.
São possíveis criminosos que se mantiveram calados durante anos exatamente para evitar que Lula fosse réu como eles no mensalão e que agora também, graças à falta de escrúpulos do ex-presidente, carregarão em suas biografias a participação em uma das mais inacreditáveis chantagens políticas da história recente do Brasil.
A luta pelo fim da ditadura é capítulo comum das biografias de Lula, FHC, Dilma Rousseff, Aécio Neves, Tancredo Neves e de tantos outros brasileiros e brasileiras.
Ao lembrarmos disto, chega a ser inacreditável a ousadia do ex-presidente Lula em chantagear um membro de tão alta corte do Judiciário brasileiro para livrar possíveis criminosos de seu julgamento perante a lei.
A atitude de Lula em diminuir a independência de um poder como o Judiciário é inaceitável num país onde tantos homens e mulheres lutaram, foram torturados e morreram pela liberdade e independência nos anos de chumbo da ditadura militar.
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