sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Crueldade Humana: Adolescente que confessou ter matado menina em Bom Sucesso não mostrou arrependimento

Segundo delegado, o rapaz tinha 16 anos na época do crime e confessou o assassinato. Após abusar sexualmente da criança de 5 anos e matá-la, ele saiu para namorar. 

Calmo, frio e sem qualquer arrependimento. É assim que o delegado Emílio de Oliveira e Silva define o adolescente de 17 anos que confessou ter matado a menina Kamyla Graziele Santos Vitoriano, de 5 anos, na cidade de Bom Sucesso, no Sul de Minas. Ele foi apreendido na quinta-feira e já está em um detido em um local que permanece sob sigilo, à disposição da Justiça. O adolescente foi identificado através de um exame de DNA.

O crime ocorreu em outubro. O corpo da criança corpo foi encontrado dentro de um saco de ração, com marcas de agressão e violência sexual seis dias depois do início das investigações de seu desaparecimento. Depois que o corpo foi encontrado, a polícia começou a elaborar o perfil do autor com base nas características do crime, no local onde o corpo foi encontrado, onde ele poderia morar, entre outros detalhes. O delegado explica que, a partir daí, eles chegaram a duas pessoas com esse perfil, e que possivelmente teriam traços de psicopatia. Os policiais encontraram vestígios de sangue na casa dos suspeitos. Posteriormente, eles cederam amostras de material genético, que foram encaminhadas ao Instituto de Criminalística para comprar com o sêmen encontrado no corpo da criança. O exame deu positivo para o adolescente, que acabou assumindo o crime.  


“O rapaz demonstra extrema frieza. Aparentemente sofre de transtornos psiquiátricos. Extremamente calmo e muito tranquilo. Ele não apresentou arrependimento nenhum em suas declarações. Ele matou a menina, descaracterizou o local do crime foi namorar. Ele foi apreendido, levado para Lavras e de lá para Bom Sucesso ele veio dormindo. Demonstrando absoluta tranquilidade. E isso de fato nos surpreendeu”, afirma Emílio de Oliveira e Silva.

Durante a tarde de ontem, o adolescente fez a reconstituição do crime. O adolescente mora em uma casa a 20 metros de onde a criança morava. Ele é tio de um amiguinho da menina, da mesma idade, e ela foi até a casa para brincar com o menino. Lá, ela foi abordada pelo adolescente, que abusou sexualmente dela, mas a menina reagiu. Não houve penetração, mas os exames detectaram traços de esperma no corpo da criança. Com medo de ser descoberto ele a matou. Segundo o delegado, ele deu uma paulada na cabeça da menina e ainda verificou a pulsação para saber se ela estava morta. Em seguida, ele deu 12 facadas na criança. O corpo dela foi colocado em um saco, ele limpou todos os vestígios do homicídio, abandonou a vítima no local onde ela foi encontrada posteriormente, e saiu para namorar.

Ainda de acordo com o delegado, o adolescente, que tinha 16 anos na época do crime, permaneceu na cidade durante todo o tempo das investigações e levava uma vida normal, como qualquer jovem da idade. O delegado conta que ele havia sido ouvido no início das investigações, quando ainda existia a suspeita de que a criança havia sido sequestrada. 

Comoção

A morte de Kamyla chocou a cidade e causou grande comoção e revolta dos moradores. Jovens usaram as redes sociais para divulgar fotos da criança, desaparecida no dia 16 de outubro. Após a descoberta da morte, os habitantes, em luto, fizeram protestos pedindo paz e justiça. O sepultamento aconteceu no dia 23, acompanhado por centenas de moradores.

Duas pessoas, um homem de 40 anos e uma mulher de 25, que tem um relacionamento, chegaram a ser presos por suspeita de envolvimento na morte de Kamyla. Ambos já foram liberados. Na ocasião da prisão do homem, um grupo de pessoas tentou invadir a delegacia para linchá-lo, mas foram impedidos pela polícia.

O delegado acredita que este foi um dos fatores que atrasou em pelo menos uma semana as investigações. Segundo ele, muitas pessoas tiveram medo de ir até a delegacia e serem confundidas com suspeitos e acabarem agredidas. A polícia também recebeu muitos trotes e informações equivocadas, inclusive de pessoas que disseram ter visto a criança com vida em cidades da região. 

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