segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Márcio Lacerda vence em oito das nove regionais de BH


Eleito com 52,69% dos votos válidos, Marcio Lacerda foi quase uma unanimidade entre as nove regionais da Prefeitura de Belo Horizonte. Quase. Na região Nordeste, ele repetiu o desempenho de 2008 e não foi o preferido dos eleitores. Lá se concentram duas das grandes bandeiras do prefeito, que tem fama de administrar a cidade com pulso de empresário. Uma é o eixo do BRT na avenida Cristiano Machado, que vai alterar a mobilidade de boa parte das mais de 290 mil pessoas que vivem na região, sem falar nos que trabalham no Vetor Norte, onde fica a Cidade Administrativa. A outra é a construção da nova rodoviária, que se arrasta há anos, envolve desapropriações - sempre causa de impopularidade - e parcerias difíceis de costurar com a iniciativa privada.

As obras, porém, podem ter virado o jogo a favor de Lacerda em outros pontos da cidade. No Barreiro, em 2008, ele perdeu para o então candidato Leonardo Quintão. Com a construção do Hospital Metropolitano do Barreiro a todo vapor, a promessa de ampliação do metrô até lá e depois de R$ 165,8 milhões investidos na região, segundo declaração do prefeito durante a campanha, ele superou o segundo mais votado, Patrus Ananias, em mais de 7.500 votos. Empenho não faltou. Durante a campanha, Lacerda foi ao Barreiro em sete ocasiões diferentes. Pela frente, ele tem outro desafio: resolver os problemas recorrentes com enchentes no local.

Nas duas zonas eleitorais que prevalecem na região Centro-Sul de Belo Horizonte, a 33 e a 34, Lacerda já havia vencido em 2008, mas com percentuais abaixo dos 50%. Desta vez, ele ultrapassou os 60% de preferência do eleitorado da região mais rica da cidade.

Na Pampulha, onde a proximidade da Copa do Mundo esquenta o debate sobre a permissão para construção de prédios altos, Lacerda recebeu sinal verde: teve mais de 81 mil votos, contra pouco mais de 53 mil do petista Patrus Ananias, o segundo mais bem colocado.

O terceiro melhor desempenho de Lacerda, proporcionalmente, foi na região Oeste, que abriga um dos maiores canteiros de obras da administração atual - a avenida Teresa Cristina -, o grande corredor que é a avenida Amazonas e o Buritis, segundo bairro mais populoso da capital. Lá ele obteve 54,95% dos votos. Agora, além da segurança, terá que desfazer o nó da mobilidade urbana.

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