sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

De volta às aulas de direção

A verdade que na auto escola você aprende a dirigir apenas para tirar CNH e passar no teste, porque os Detrans se prendem a detalhes fúteis para que o candidato tenha mais dificuldades e aumentar seu nervosismo e várias regras que jamais após a aprovação serão colocadas em prática, quando na verdade outros critérios mais inteligentes deveriam ser tomados, principalmente ao emocional do aprendiz. Pois muitos partem para o transito sem a minima noção de segurança e totalmente sem o preparo para um transito cada vez mais agressivo.
Marcelo Passos

Insegurança, falta de prática e traumas levam motoristas de volta aos treinos


Insegurança, trauma, falta de prática e medo do trânsito são alguns dos fatores que têm levado muitos belo-horizontinos a voltarem a fazer aulas de direção, mesmo depois de já terem a sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas mãos. Donos de centros de treinamento de motoristas habilitados estimam que, nos últimos dois anos, o público aumentou entre 20% e 40% em Belo Horizonte. Um reflexo desse crescimento é a abertura de novas unidades na região metropolitana.

"Tem aumentado o número de pessoas que querem dirigir, pela facilidade hoje de se de comprar um carro e também pela necessidade de se movimentar de forma mais ágil. Só que as pessoas têm medo, e, por isso, procuram o treinamento", explica a proprietária da Clínica-Escola Cecília Bellina, Elisangela Tobias Oliveira, 39, que conta hoje também com uma unidade em Contagem.

Para Marcelo Soares Pereira, 39, franqueado de uma das quatro unidades da empresa Dirigindo Bem, a insegurança dos condutores é fruto da complicação do trânsito. "O trânsito está cada vez mais cheio de carros, e o processo de tirar carteira não tem evoluído muito", argumenta o empresário.
Além das aulas de carro pelas ruas da capital, os alunos têm acompanhamento psicológico para trabalhar a questão emocional e se tornarem mais confiantes ao volante. O tratamento é montado de acordo com a necessidade apresentada por cada aluno.

Novo aprendizado. Eloiza Helena Gonçalves Maia, 45, que tem que se dividir entre os seus dois empregos - de servidora pública e de consultora de beleza -, perdeu a prática após ter passado sufoco ao dirigir no Anel Rodoviário. A condução próxima a muitas carretas a assustou. Ela tirou a CNH em 1999, mas só começou a dirigir com segurança e tranquilidade em 2010, depois de fazer dez meses de tratamento. "O carro na garagem me incomodava porque eu tinha medo dele. Mas hoje me sinto independente. Dirigir é natural agora", comentou, sorridente.

Já a médica do trabalho Ana Lucia Murta, 53, que tirou a carteira de motorista em 2010, disse que fez o treinamento porque não se sentia segura na direção de um carro. Ela passou por um treinamento de um ano, e agora não sai de casa sem o veículo. "Hoje, dirijo para todo lado", garante.

"Acho que o treinamento da autoescola é fraco. A gente não vai para o enfrentamento das situações reais. O foco lá é passar em uma prova, e não, saber lidar com o dia a dia do trânsito", completa Ana.



Detran quer aumentar aulas de direção em MG
O Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) já informou que vai propor alterações no processo de habilitação. O TEMPO divulgou, ontem, que o órgão tem a intenção de dobrar o número de aulas de direção, passando das atuais 20 para 40 horas/aula. "Se o candidato estiver mais bem-preparado, ele vai se sentir seguro e confiante", justificou o chefe da Divisão de Habilitação do Detran-MG, delegado Anderson França.

Para os especialistas, a medida contribuirá para a formação de motoristas. Contudo, eles afirmam que outras mudanças ainda são necessárias.

"A avaliação da destreza do indivíduo para poder dirigir está cada vez mais aperfeiçoada, mas a avaliação psicológica deixa a desejar. Tem pessoas que deveriam passar por tratamento psicológico antes de dirigir", pontuou o coordenador do Núcleo de Transporte da escola de engenharia da UFMG, Ronaldo Gouvêa.

"A pessoa não sai (da autoescola) pronta para enfrentar o trânsito, porque o exame não simula situações adversas que ela pode encontrar", opinou o doutor em engenharia de tráfego Frederico Rodrigues. (FV)

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