sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

E ai dona Dilma? Sinal aberto para alta na bomba

Da com uma mão e tira com as duas...., não tem nada o que dizer.
Marcelo Passos


Dilma exalta redução da conta de luz, mas se nega a falar de combustível


Brasília. Pela primeira vez, um órgão do governo divulga oficialmente uma previsão de quanto os consumidores devem pagar a mais pelo litro da gasolina neste ano. O Banco Central informou que trabalha com uma alta em torno de 5% no preço do combustível em 2013. Na semana passada, fontes oficiais disseram que está em estudo um reajuste de 7% na refinaria. Para reduzir o impacto ao consumidor, no futuro, haveria mudanças na quantidade de etanol misturado à gasolina e benefícios tributários para o setor.

A nova projeção foi expressa na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem. No documento, o BC estima ainda um corte de 11% na conta de energia residencial este ano. A expectativa leva em conta a redução de taxas do setor anunciada pela presidente Dilma Rousseff, mas considera o efeito dos reajustes que são feitos todos os anos pelas concessionárias, que engolirá parte do benefício.

No fim das contas, a previsão do BC é que as tarifas e preços controlados pelo governo subam 3,0% neste ano, acima dos 2,4% que a instituição projetava anteriormente, mesmo com a queda na tarifa de energia. Com isso, a previsão geral para a inflação neste ano também subiu e continua acima do centro da meta de 4,5%. 

Na ata, a instituição diz que a inflação apresentou piora, mas diz que as pressões são temporárias. O BC admite que o aumento de preços é mais generalizado, ou seja, não está concentrado apenas em alguns produtos. Também pesam mudanças tributárias (como o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados para veículos), despesas de início de ano e pressões no segmento de transportes. Esses fatores "tendem a contribuir para que, no curto prazo, a inflação se mostre resistente".

Como o BC prevê queda na inflação a partir do segundo semestre, a instituição afirmou que a estratégia continua sendo a manutenção da taxa básica de juros nos atuais 7,25% ao ano "por um período de tempo suficientemente prolongado". Outro motivo para não mexer nos juros é a avaliação de que a demanda doméstica ainda continuará a ser impulsionada pelo efeito dos cortes de juros promovidos ao longo de 2012 e pela expansão do crédito, segundo o BC, apesar da "fragilidade do investimento". Além disso, a instituição diz que a crise externa continua a contribuir para segurar a demanda.

A presidente Dilma Rousseff disse ontem que não fala sobre reajuste dos preços dos combustíveis. "Eu não falo sobre aumento da gasolina. Falo sobre a redução da conta de energia elétrica: 18,2%", respondeu a presidente Dilma a jornalistas que a abordaram depois do pronunciamento oficial da Cúpula Brasil-União Europeia, feito no Palácio do Planalto.

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